quarta-feira, 9 de maio de 2012

De quem eu não tenho pena (2)

Conforme prometi aqui, vou continuar com esse desabafo virtual sobre gente que procura encrenca com afinco e depois reclama quando encontra.
- adolescentes grávidas. Essa é a coisa mais fácil de evitar de todas que citarei em toda a série. Gravidez é uma coisa tão incrivelmente simples de ser evitada que até irrita. Comecemos a conta considerando que a mulher só é fértil por 10% a 15% do tempo. Depois consideremos que existem práticas sexuais que não engravidam. Insistindo nisso, os métodos contraceptivos são amplamento conhecidos, divulgados, acessíveis e em alguns casos, muito baratos. Não tem desculpa. E não me venha falar em falta de informação o século XXI, pois não vai colar.
- portadores de DSTs. Depois da citada acima, é a mesma linha de raciocínio. Não vou me repetir
- vítimas de charlatanismo. Temos aqui que considerar que Saúde Pública, ao contrários do que prega um certo ex-presidente, está longe da perfeição. Há déficit de quantidade e qualidade. Uma pessoa que morre ou tem complicações por falta de atendimento é algo de uma tristeza sem igual. Mas daí para procurar o chá milagroso que cura câncer, a pílula dos superpoderes ou uma cirurgia espiritual é outra coisa. A pessoa deposita sua esperança em algo falso e até perigoso e o faz porque quer. É burrice aguda.
- moradores de encostas que "perderam tudo". Tem uma parcela de pessoas com menor condição material que fazem barracos em  morros e encostas para sobreviver. E lá se instalam sem nenhuma condição de fazer um imóvel estável. Cedo ou tarde, em geral cedo, vem uma chuva que traz tudo abaixo. Acontece, gente, que é mais do que sabido que construir barraco em encostas vai dar errado. Não é novidade, são tragédias que acontecem por todo o país todo ano, exaustiva cobertura da impressa, mas nego acha que não vai acontecer com ele. "Ah, pobre não tem sorte". Não torço para que aconteça, mas quando vem, não fico com pena alguma.
Tem mais, bem mais ainda. Mas a lista até agora não está tocando em pontos nevrálgicos da sociedade. Estou considerando se vou falar deles ou não.

4 comentários:

  1. QUal é o ponto de ter um espaço seu para falar o que quiser se não for para polemizar?

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    1. Tudo a seu tempo, amigo.
      As pessoas, de modo geral, não estão preparadas para ler/ouvir o que lhes é necessário.

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  2. Isso foi um esquenta? Ótimo!
    Concordo com tudo, principalmente porque hoje em dia há muita informação, informação até demais pra pessoa usar a ultrapassada justificativa do 'eu não sabia...'
    É triste ver gente se dando mal por desespero, por falta de alternativa, mas por burrice, só tenho uma coisa a dizer: bem feito!

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  3. Apenas se lembre que, apesar de não parecer, ainda estamos num extrato da sociedade com mais informações do que a média. Tanto geograficamente quanto politicamente.

    Isso dito, como eu não acredito em coincidências, eu não sinto pena das pessoas pelos problemas que elas enfrentam (em especial os causados por burrice). Não me furto a ajudar se possível, mas não sinto pena.

    Em tempo: uma das lições mais duras que eu aprendi na vida é que as pessoas nunca estão pronta para toda a verdade. Nenhuma pessoa.

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