segunda-feira, 18 de junho de 2012

Nascar 101

Olá amigos.
De tão apaixonado que sou pela NASCAR, decidi escrever um pouco sobre a categoria. Algo para quem conhece e até curte automobilismo, mas não sabe do que se trata a categoria em questão.
A National Association for American Stock car Auto Racing é uma entidade norte-americana (fica aqui meu protesto ao neologístico adjetivo gentílico "estadunidense", que acho um nojo) que promove corridas de carros em diversas categoria. Surgiu no final dos anos 40 com objetivo de disciplinar, organizar e fazer darem lucros as corridas de carros de passeio. Já cabe aqui uma observação potencialmente polêmica quando afirmo que correr de carro é da natureza do homem desde a invenção dos primeiros carros. É legítimo o gosto pela velocidade e por tentar chegar antes dos adversários. Se é um completo absurdo dois ou mais malucos tirarem um racha numa via pública é tão absurdo quanto fingir que esse desejo é natural e legítimo. As autoridades simplesmente precisam delimitar locais para isso acontecer com segurança e longe de quem não quer participar.
A NASCAR é uma empresa de capital fechado. Assim como são a FIA, a CBF e o COI. O DNA norte-americano, no entanto, faz com que essa definição seja clara e precisa. O objetivo da NASCAR é dar lucro a seus acionistas promovendo corridas de carros. Simples assim.
A NASCAR é composta de diversas categorias. A principal é a Sprint Cup, a segunda em importância é a Nationwide Series e a terceira é a Truck Series. As duas primeiras correm com carros "de passeio" e a terceira com "pickups". Exitem ainda divisões menores com categorias regionais. Coloquei os termos entre aspas pois não são os modelos que você pode comprar na concessionária. São carros projetados e construídos do zero sob uma regulamentação incrivelmente rígida. Contam com apoio de grandes montadoras que fornecem motores, peças e suporte financeiro. No final do processo de projeto as equipes tentam, sem muito sucesso, aproximar o desenho da carroceria (chamada bolha pelo pessoal da área) com os de equivalentes de rua de seus fabricantes-suporte. Embora eu acompanhe superficialmente a Truck, onde correm 2 brasileiros atualmente (Nelsinho Piquet e Miguel Paludo), e a Nationwide, minha diversão mesmo é a Sprint.
O caminho natural dos pilotos é entrar pelas divisões menores ou pela Truck. Chegar na Nationwide é uma questão de mostrar algum talento na Truck e fazer um bom contrato. Subir para a Sprint é outra parada. Não é para qualquer um mesmo.
O campeonato da Sprint é disputado em duas fases. Na primeira fase, são 26 corridas valendo pontos. Os 10 pilotos que mais fizerem pontos classificam-se para o Chase for the Cup, que é a decisão efetiva do título. Além destes 10, classificam-se mais 2 pilotos entre os que ficarem da 11a à 20a posição em pontos, mas aqui prevalece o número de vitórias, sendo os pontos o critério de desempate. Esses 12 pilotos tem a pontuação equilizada muito acima dos demais competidores (não chega a ser tudo exatamente igual, mas praticamente isso) e disputam o campeonato em mais 10 corridas, totalizando 36 na temporada completa. Os pilotos que não fazem parte do Chase continuam participando das provas normalmente, podendo vencer corridas e as premiações em dinheiro.
A pontuação atual é um tanto simples perto do que já foi no passado. O último colocado marca 1 ponto, o penúltimo 2 e assim por diante. Como largam 43 carros, o vencedor marca 43 pontos pela posição. Além disso, são conferidos pontos de bônus:
- 1 ponto para cada piloto que liderar pelo menos uma volta;
- 2 pontos para o piloto que liderar o maior número de voltas;
- 3 pontos para o piloto que vencer a corrida
Essa pontuação vale para todas as 36 corridas.
Amanhã falo de pilotos e equipes em atividade.

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